36 anos do 25

Neste dia, tenho especial gosto em ver fotografias do dia 25 de Abril. Acho que faço isso, por ter tanta vontade de ter estado lá. Ter gozado a liberdade no seu pleno. Ter sentido no meu peito a alegria desmedida de ser finalmente livre. Aqui ficam algumas.

Para mais fotografias, aqui fica o link do centro de documentação do 25 de Abril.

A casa do senhor

Ia eu adormecida no meu passeio matinal quando, entre um abrir e fechar de olhos, me deparo com a igreja perto do Marquês. Atento na porta principal da igreja, e leio num cartaz amarelo com letras azuis garrafais:

"As obras da igreja ainda não estão pagas!"

Pensei: será esta uma nova estratégia de marketing para chamar o povo à casa de deus?
É uma boa estratégia, porque imprime aquele sentimento de culpa nos fiéis, como se fossemos uns caloteiros, e nos tivéssemos esquecido de pagar as obras feitas ao tecto das nossas casas...e de facto, confesso que mesmo sendo muito cedo, não consegui pregar olhinho, só de pensar que as obras na igreja não estão pagas. Imaginei logo Jesus tentando dormir e pingas a cairem-lhe na testa, nariz vermelhusco, todo engripado coitado, com os seus serviços banhados a ouro oxidados. Não se faz, não se faz.
Sabeis de uma coisa, sabeis? Sois todos uns sacanórios que dão esmolas chapuças ao senhor. Mais nada.

Não sei se já disse isto, mas uma das coisas que me faz ganhar o dia logo pela manhã, é ir no autocarro a ouvir música alheia. Ainda por cima se a música é kizomba com um poucochinho de remix à mistura. É uma pequena delícia, para que fique aqui registado. É isso, e as senhoras que nos tiram olhos com as couves que saltam do carrinho de compras...Ah uma pequena delícia!

Dou por mim a cantar esta música às vezes. É uma grande música, com uma grande voz. E a letra é muito engraçada!

A qualidade do vídeo é má, mas esta é a prova viva que esta senhora conseguia fazer boas coisas ao vivo!You should be stronger than tequilla...

Nota: Peço desculpa pelo empoleiramento espectacular do vídeo na parte lateral deste blog, mas não encontrei uma janela mais piquenina...

Quando é que uma pessoa sabe que é viciada em chocolate? É que já há alguns dias que ando a comer uma média de dez chocolates por dia. Sinto-me doente.

Hummm...

O sol anda um bocado esquisito. Mas quando ele vem, e fica durante algum tempo, algo muda. E sabe tão bem, tão bem...

Nota: As duas últimas fotografias são da autoria do sô Jorge Cardoso :P

Nesta Páscoa estava constantemente a lembrar-me de uma frase: Jesus gosta de espalhar a palavra do senhor e micróbios também. Quando penso na ideia de beijar a cruz do senhor, lembro-me de velhinhos com alguma incontinência babal que a beijaram antes. Ou então velhinhos com candidíase oral. Ou então senhoras com baton cor de rosa choque. Ou então pessoas que acabaram de comer, e besuntam o senhor com o molho do cabrito. E acho que já chega.
Depois de ter um cabrito morto na banca da cozinha, lembrei-me também como seria se nesta época todos os animais que quisessemos comer, ressuscitassem ao terceiro dia conforme as escrituras. E imaginei por momentos, devo confessar, a mão de deus a fazer clísteres aos rabos dos fiéis, para retirar o cabrito. Depois disto, concluí que a Páscoa é uma época muito engraçada.