Corrida à AR

Confesso que nutria algum carinho pelo Fernando Nobre aquando as presidenciais. Era um candidato independente, que orgulhosamente se dizia independente e incapaz de se associar a um qualquer partido. Embora com alguns ideais de direita, que eu não apreciava de todo, para mim era um candidato viável, capaz de retirar protagonismo ao Sr. Cavaco Silva. E as sondagens pareciam promissoras. Mas não foi isso que aconteceu.
Claro está que o homem ficou muito aborrecido. E contra todas as expectativas, juntou-se ao PSD para figurar como candidato à presidência da AR. Foi uma grande desilusão este senhor.
Hoje, em todos os jornais aparece em destaque que nas negociações do PSD e CDS, esta matéria não surgiu tão pouco e acrescentam que as portas da AR poderão estar fechadas para Fernando Nobre. A verdade, é que esta é uma questão que o primeiro-ministro actual terá de resolver, e Passos Coelho já revelou a sua intenção de cumprir a sua palavra. É pena. Uma pessoa que corre atrás de tachos e nega as suas convicções, deveria conhecer na prática a premissa política que rege muitos, inclusive ele: Nem tudo o que se diz é feito.